Época de vestibular, pressões com
aquelas provinhas chatas de marcar. Uma lista com seu
nome de aprovado teoricamente
trará seu futuro, sua próxima caminha para o ofício. E talvez o clímax de toda
a ansiedade nesse mundo “quase acadêmico”, é justamente confirmação – ou não –
de nosso singelo nome naquela listinha temida. E não adiantou muito fugir,
desligar o wi-fi e 3G esse ano, porque a UESB adiantou logo e me aprovou. E depois
SISU. Não esperava, mais que bom que foi tudo positivo.
Comunicação era a escolha. Por
quê? Ao homem é impossível não se comunicar.
Entre outras habilidades, vamos privilegiar a de contar histórias reais. Então, depois de um cybertrote do terror, outros trotes bem mais sujinhos (sinto o
cheiro de perfume barato até hoje no meu cabelo), vamos de: Jornalismo UESB 2014.1!
Fotos: Paula Joane Kelvin Yule |
E se é para começar uma nova
etapa, nada como intensificar as novidades mudando também em novos âmbitos e
terrenos. Nesse percurso longe 153 km de Jequié city e de tudo que eu
conhecia até hoje por ser ‘minha cidade’, comecei a desbravar e me acostumar
com novas rotinas, percursos, clima, frios... tudo. Lidar com a saudade, sim.
Mas, talvez tenha sido um dos passos mais inusitados, diferentes e que bagunçaria
toda uma comodidade, por vezes entediante e acrescentaria muitas novas
maturidades.
Academicamente falando, achei variadas
afinidades, aptidões e conteúdo que eu poderia gritar “vou dominar o mundo
usando isso”. Encorajando as partes mais gostosas da área de humanas que tenho
dentro de mim. Impulsionando uma melhorar escritas, posturas, retóricas. Já
outras teorias não foram recebidas com tanta adesão ou divertimento. Mas, faz
parte a existências de campos variados e pessoas que sempre se direcionará para
um diferente.
Sobre o ofício, tratamos logos de
desmentir e descontruir alguns conceitos. Falar que imparcialidade não existe,
mas que ser parcial está longe de ser tendencioso. Falamos de concretos pensados, cybercultura e
imediatismo e homens cordiais. Quebramos espelhos, falamos de identidades. Sermos mais críticos, um pouco confusentos, mas sempre problematizar e
aprender.
Cansamos também de fazer artigos
que tiram o sono, de aprender lógicas e coisas chatas da ABNT. Suamos com
seminários que me fizeram dançar a sala toda enquanto falava. Mas também
arriscamos nos primeiros passos de ganhar o Grammy e o Pulitzer!
E fomos ativas percorrendo os solos infinitos da universidade atrás das
primeiras fontes... que acabaram em macarrão Ravióli. Nada como também ter feito
cobertura completa dos gritos de gol da Copa e nas redes sociais. E eleições. E
mais uma vez redes sociais. E haja olho; “mal consigo acompanhar os movimentos”
dos tweets e dos televisivos. Roubei
os postes e luzes da faculdade (aqui). E atravessamos na força e na fé o deserto da
Olívia Flores naquelas mil e umas greves de ônibus.
E falo em 1ª pessoa do plural
muitas vezes aqui, porque segundo Stuart Hall (2002) as identidades estão em
descontinuidade e é muito gratificante quando pessoas encontram espelhos para
se identificarem; aderirem. Nos estudos da recepção, que bom que encontrei nos
conteúdos uma adesão para meus gostos. E principalmente pessoas, Novinhas, para aderir audiência,
público, construção juntas.
Começar um curso é sempre um
desafio interessante. Parece decisivo para um futuro. E quando se fala de
carreira é quase consequentemente um passo sempre questionado. Mercado, concorrências,
realização pessoal. Como todo ramo existirá seguimentos que botarão em cheque
alguns retornos. Talvez eu seja pobre no Jornalismo. Mas, posso ser a profissional
que trilhe uma boa formação. Nada nunca será como idealizado, porém pode-se extrai um novo olhar e diferentes alternativas. E talvez ali eu tenha achado minha afinidade.
Terminarei a trajetória que até agora consta como uma aventura. Se não for nada
disso, outros caminhos se poderão ser seguidos mais tarde, por que não?!
Então, como maior e mais nova
experiência vivida, essa iniciação na graduação tinha que ser digna de
retrospectiva.
Nada de classificar esse texto em
algum gênero jornalístico sério. São Quase-Memórias-Minhas!
'Suamos com seminários que me fizeram dançar a sala toda enquanto falava.' Ri alto com essa parte kkkkk
ResponderExcluirQue texto mais lindo Bred. Me identifiquei muito com os sentimentos que descreveu, e gostei demais da sua escrita também.
Vamos torcer para que os próximos anos sejam ainda mais gratificantes que esses... Beijokas!